O ofício de pintar é uma permanente pesquisa, um estado de espírito, um mergulho obstinado na tela branca da angústia à espera do gesto musical da cor. No arrastar do pincel surge a mancha da descoberta prevista, viagem e emoção do oculto manifesto, num diálogo surpresa. O difícil é saber parar no zénite, entre o alfa e o ómega, na busca transcendental do momento certo.
Júlio Pêgo
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